sábado, 3 de janeiro de 2009

Posses pelo Brasil Afora

Tomaram posse nesta ontem e hoje, mais de 5,5 mil prefeitos e 50 mil vereadores (segundo dados do Correio do Povo). E é bom perceber que esta ferramenta da democracia brasileira (o voto), torna a funcionar, em contra-ponto a períodos negros da história do país e da humanidade, quando somente os poderosos, homens e alfabetizados podiam execer este (hoje) direito do povo. Isto quando havia possibilidade de voto! O que é frequentemente lembrado, com saudosismo e uma pitada de segundas intenções, pelos românticos políticos e membros de elevada importância e cargos sociais. Como é fácil fazer o povão sentir-se feliz, achando que pode mudar o mundo com um simples voto!

"Você faz a Diferença!"... Em tempo eleitoral, é balela de quem sabe o que quer. Pergunto perguntas que assumem ar de retóricas: Por quê existe tanto desejo em se eleger, gastando (na quase totalidade das ocasiões) mais dinheiro nas campanhas do que se irá receber em salários por quatro anos? Por glória? Dizer que está defendendo o povo? Pra ajudar (e como essa palavra se repete) o povo?... Eu não duvido, ainda mais tratando-se de pequenos municípios, sem grande movimentação financeira ou importância econômica em sua região, estado ou país, mas acho pouco provável que prefeitos de metrópoles, governadores e presidentes, não envolvam-se na máfia que todos sabemos que existe por lá, mas costumamos nos calar...

O lado bom dessas eleições conduzidas e regradas pelo poderio econômico e causa maior (determinada pela alta sociedade), é que em cada final de gestão em que há troca de partidos/coligações, a rivalidade faz com que em final de ano, tudo esteja, forçosamente, funcionando, para mostrar eficiência ao povão e ao candidato eleito.

Espero que as perguntas que não querem calar, realmente não se calem e o povo comece a perceber que não é o voto (romanticamente evocado) mas a cobrança que torna cada um de nós elementos diferenciais em qualquer âmbito que for. Diz a constituição nacional brasileira que o poder emana do povo e para o povo, o que deve ser levado, com o perdão do trocadilho, ao pé da letra.

À todos empossados: Boa sorte, boa gestão e que elas sejam honradas, sábias, íntegras, disciplinadas e, principalmente, humanas.

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