segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ciúmes...

Assim como o ciúme cresce-me, o amor morre-me e nada mais resta do que fui ou do que sou. Há sangue por toda a parte, há um corpo aberto, no chão, pelo caminho. Quando passas de mãos dadas com Ele, raspas-me os tecidos moles com as solas dos sapatos e evitas-me pisar, enojada, as artérias que espirram ainda os fluidos que me mantém, momentaneamente, à vida. Ah! Se o fizesses em acabasses de vez com este sofrimento.

Aqui fico, nu, exposto. Ninguém se atreverá a dizer que respiro ou que vivo, não chego sequer a ter nome ou imagem, sou apenas um tipo morto no meio da estrada, um morto-vivo, uma anedota, uma miragem. Sigo apenas seu amigo.

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